domingo, 27 de fevereiro de 2011

Nesta semana o Camelo se alegrou com alguns acontecimentos especiais.

Quarta-feira dia 23/02/2011, Frei Ivani Ribeiro Pinheiro O.Carm, recebeu a posse da Paróquia Nossa Senhora da Conceição na Vila Fanny de Dom João Carlos Semene C.S.S, bispo auxiliar da Arquidiocese de Curitiba, nesta celebração frei Ivani, fez sua profissão de fé conforme o credo da Igreja Católica,  jurou fidelidade no ministério de pároco, prometendo conservar a fidelidade  Igreja e obedecer as suas leis e os pastores e desempenhar com diligencia seu novo ministério.

Frei João Bernardes O.Carm, lê a portaria da Arquidiocese que concede a posse da Paróquia a Frei Ivani Ribeiro Pinheiro O.Carm.

Frei Ivani, faz sua profissão de fé e juramento de fidelidade como novo paróco.

Assina o documento de posse como novo paróco.






Sexta-feira dia 25/02/2011 na casa Frei Tito Brandsma, Bairro Novo, Curitiba, ingressaram no postulando quatro jovens Antenor, Edenilson, Rodrigo e Tiago.
A celebração das Vésperas onde foram acolhidos para essa primeira experiência no Carmelo, foi presida por frei Ivani, prior conventual de Curitiba e frei Vagner formador da casa de postulando, estavam ainda presentes frei João Bernardes, conselheiro, frei Romualdo, frei Alfredo e demais frades junioristas e seminaristas junto com os leigos carmelitas,irmãs da Divina Providência, irmãs Catequistas Franciscanas, parentes dos postulantes e alguns vizinhos.
Nessa Celebração os postulantes receberam o escudo do Carmelo que foi explicado por frei Romualdo e também a bíblia sobre a qual frei João falou da importância na vida Carmelitana.
Assim em um momento festivo recebemos nossos postulantes, e rezemos para que encontrem a cada dia o fascínio de seguir a Cristo no Carmelo.

frei João Bernardes O.Carm, conselheiro pede a benção para o novo formador do postulantado frei Vagner Sanagitto O.Carm

Postulantes recebem a benção para inicio de postulantado.

Comunidade da Casa de Postulatado Frei Tito Brandsma, frei Alexandre, Antenor, Rodrigo, Tiago, Edenilson e frei Vagner.



Sábado dia 26/02/2011 a Comunidade Carmelitana na pessoa de frei Edimilson Borges de Carvalho O.Carm, recebeu a posse da Paróquia Nossa Senhora da Boa Viajem, na Arquidiocese de Florianópolis do padre Siro Manoel de Oliveira, estavam presentes ainda na celebração frei João Bernardes, conselheiro representando o padre comissário, frei Flávio, pároco em Navegantes, frei Emerson, alguns junioristas vindos de Curitiba e Graciosa, padres diocesanos e religiosos.
A nova comunidade religiosa foi muito bem acolhida pela comunidade paroquial, que preparou a missa de posse com muita alegria, e este é o inicio da presença carmelitana do Comissariado do Paraná na Arquidiocese, que Nossa Mãe Santíssima do Carmo e Mãe da Boa Viajem guie frei Edimilson novo pastor daquela comunidade junto de demais frades que formam sua comunidade frei Edimar, frei Tiago e frei Wagner.


















sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI PARA O 48º DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES.




Queridos irmãos e irmãs!

O 48.º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, que será celebrado no dia 15 de Maio de 2011, IV Domingo de Páscoa, convida-nos a reflectir sobre o tema: «Propor as vocações na Igreja local». Há sessenta anos, o Venerável Papa Pio XII instituiu a Pontifícia Obra para as Vocações Sacerdotais. Depois, em muitas dioceses, foram fundadas pelos Bispos obras semelhantes, animadas por sacerdotes e leigos, correspondendo ao convite do Bom Pastor, quando, «ao ver as multidões, encheu-Se de compaixão por elas, por andarem fatigadas e abatidas como ovelhas sem pastor» e disse: «A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi, pois, ao dono da messe que mande trabalhadores para a sua messe» (Mt 9, 36-38).
A arte de promover e cuidar das vocações encontra um luminoso ponto de referência nas páginas do Evangelho, onde Jesus chama os seus discípulos para O seguir e educa-os com amor e solicitude. Objecto particular da nossa atenção é o modo como Jesus chamou os seus mais íntimos colaboradores a anunciar o Reino de Deus (cf. Lc 10, 9). Para começar, vê-se claramente que o primeiro acto foi a oração por eles: antes de os chamar, Jesus passou a noite sozinho, em oração, à escuta da vontade do Pai (cf. Lc 6, 12), numa elevação interior acima das coisas de todos os dias. A vocação dos discípulos nasce, precisamente, no diálogo íntimo de Jesus com o Pai. As vocações ao ministério sacerdotal e à vida consagrada são fruto, primariamente, de um contacto constante com o Deus vivo e de uma oração insistente que se eleva ao «Dono da messe» quer nas comunidades paroquiais, quer nas famílias cristãs, quer nos cenáculos vocacionais.
O Senhor, no início da sua vida pública, chamou alguns pescadores, que estavam a trabalhar nas margens do lago da Galileia: «Vinde e segui-Me, e farei de vós pescadores de homens» (Mt 4, 19). Mostrou-lhes a sua missão messiânica com numerosos «sinais», que indicavam o seu amor pelos homens e o dom da misericórdia do Pai; educou-os com a palavra e com a vida, de modo a estarem prontos para ser os continuadores da sua obra de salvação; por fim, «sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo para o Pai» (Jo 13, 1), confiou-lhes o memorial da sua morte e ressurreição e, antes de subir ao Céu, enviou-os por todo o mundo com este mandato: «Ide, pois, fazer discípulos de todas as nações» (Mt 28, 19).
A proposta, que Jesus faz às pessoas ao dizer-lhes «Segue-Me!», é exigente e exaltante: convida-as a entrar na sua amizade, a escutar de perto a sua Palavra e a viver com Ele; ensina-lhes a dedicação total a Deus e à propagação do seu Reino, segundo a lei do Evangelho: «Se o grão de trigo cair na terra e não morrer, fica só ele; mas, se morrer, dá muito fruto» (Jo 12, 24); convida-as a sair da sua vontade fechada, da sua ideia de auto-realização, para embrenhar-se noutra vontade, a de Deus, deixando-se guiar por ela; faz-lhes viver em fraternidade, que nasce desta disponibilidade total a Deus (cf. Mt 12, 49-50) e se torna o sinal distintivo da comunidade de Jesus: «O sinal por que todos vos hão-de reconhecer como meus discípulos é terdes amor uns aos outros» (Jo 13, 35).
Também hoje, o seguimento de Cristo é exigente; significa aprender a ter o olhar fixo em Jesus, a conhecê-Lo intimamente, a escutá-Lo na Palavra e a encontrá-Lo nos Sacramentos; significa aprender a conformar a própria vontade à d’Ele. Trata-se de uma verdadeira e própria escola de formação para quantos se preparam para o ministério sacerdotal e a vida consagrada, sob a orientação das autoridades eclesiásticas competentes. O Senhor não deixa de chamar, em todas as estações da vida, para partilhar a sua missão e servir a Igreja no ministério ordenado e na vida consagrada; e a Igreja «é chamada a proteger este dom, a estimá-lo e amá-lo: ela é responsável pelo nascimento e pela maturação das vocações sacerdotais» (João Paulo II, Exort. ap. pós-sinodal Pastores dabo vobis, 41). Especialmente neste tempo, em que a voz do Senhor parece sufocada por «outras vozes» e a proposta de O seguir oferecendo a própria vida pode parecer demasiado difícil, cada comunidade cristã, cada fiel, deveria assumir, conscientemente, o compromisso de promover as vocações. É importante encorajar e apoiar aqueles que mostram claros sinais de vocação à vida sacerdotal e à consagração religiosa, de modo que sintam o entusiasmo da comunidade inteira quando dizem o seu «sim» a Deus e à Igreja. Da minha parte, sempre os encorajo como fiz quando escrevi aos que se decidiram entrar no Seminário: «Fizestes bem [em tomar essa decisão], porque os homens sempre terão necessidade de Deus – mesmo na época do predomínio da técnica no mundo e da globalização –, do Deus que Se mostrou a nós em Jesus Cristo e nos reúne na Igreja universal, para aprender, com Ele e por meio d’Ele, a verdadeira vida e manter presentes e tornar eficazes os critérios da verdadeira humanidade» (Carta aos Seminaristas, 18 de Outubro de 2010).
É preciso que cada Igreja local se torne cada vez mais sensível e atenta à pastoral vocacional, educando a nível familiar, paroquial e associativo, sobretudo os adolescentes e os jovens – como Jesus fez com os discípulos – para maturarem uma amizade genuína e afectuosa com o Senhor, cultivada na oração pessoal e litúrgica; para aprenderem a escuta atenta e frutuosa da Palavra de Deus, através de uma familiaridade crescente com as Sagradas Escrituras; para compreenderem que entrar na vontade de Deus não aniquila nem destrói a pessoa, mas permite descobrir e seguir a verdade mais profunda de si mesmos; para viverem a gratuidade e a fraternidade nas relações com os outros, porque só abrindo-se ao amor de Deus é que se encontra a verdadeira alegria e a plena realização das próprias aspirações. «Propor as vocações na Igreja local» significa ter a coragem de indicar, através de uma pastoral vocacional atenta e adequada, este caminho exigente do seguimento de Cristo, que, rico de sentido, é capaz de envolver toda a vida.
Dirijo-me particularmente a vós, queridos Irmãos no Episcopado. Para dar continuidade e difusão à vossa missão de salvação em Cristo, «promovam o mais possível as vocações sacerdotais e religiosas, e de modo particular as missionárias» (Decr. Christus Dominus, 15). O Senhor precisa da vossa colaboração, para que o seu chamamento possa chegar aos corações de quem Ele escolheu. Cuidadosamente escolhei os dinamizadores do Centro Diocesano de Vocações, instrumento precioso de promoção e organização da pastoral vocacional e da oração que a sustenta e garante a sua eficácia. Quero também recordar-vos, amados Irmãos Bispos, a solicitude da Igreja universal por uma distribuição equitativa dos sacerdotes no mundo. A vossa disponibilidade face a dioceses com escassez de vocações torna-se uma bênção de Deus para as vossas comunidades e constitui, para os fiéis, o testemunho de um serviço sacerdotal que se abre generosamente às necessidades da Igreja inteira.
O Concílio Vaticano II recordou, explicitamente, que o «dever de fomentar as vocações pertence a toda a comunidade cristã, que as deve promover sobretudo mediante uma vida plenamente cristã» (Decr. Optatam totius, 2). Por isso, desejo dirigir uma fraterna saudação de especial encorajamento a quantos colaboram de vários modos nas paróquias com os sacerdotes. Em particular, dirijo-me àqueles que podem oferecer a própria contribuição para a pastoral das vocações: os sacerdotes, as famílias, os catequistas, os animadores. Aos sacerdotes recomendo que sejam capazes de dar um testemunho de comunhão com o Bispo e com os outros irmãos no sacerdócio, para garantirem o húmus vital aos novos rebentos de vocações sacerdotais. Que as famílias sejam «animadas pelo espírito de fé, de caridade e piedade» (Ibid., 2), capazes de ajudar os filhos e as filhas a acolherem, com generosidade, o chamamento ao sacerdócio e à vida consagrada. Convictos da sua missão educativa, os catequistas e os animadores das associações católicas e dos movimentos eclesiais «de tal forma procurem cultivar o espírito dos adolescentes a si confiados, que eles possam sentir e seguir de bom grado a vocação divina» (Ibid., 2).
Queridos irmãos e irmãs, o vosso empenho na promoção e cuidado das vocações adquire plenitude de sentido e de eficácia pastoral, quando se realiza na unidade da Igreja e visa servir a comunhão. É por isso que todos os momentos da vida da comunidade eclesial – a catequese, os encontros de formação, a oração litúrgica, as peregrinações aos santuários – são uma ocasião preciosa para suscitar no Povo de Deus, em particular nos mais pequenos e nos jovens, o sentido de pertença à Igreja e a responsabilidade em responder, com uma opção livre e consciente, ao chamamento para o sacerdócio e a vida consagrada.
A capacidade de cultivar as vocações é sinal característico da vitalidade de uma Igreja local. Invoquemos, com confiança e insistência, a ajuda da Virgem Maria, para que, seguindo o seu exemplo de acolhimento do plano divino da salvação e com a sua eficaz intercessão, se possa difundir no âmbito de cada comunidade a disponibilidade para dizer «sim» ao Senhor, que não cessa de chamar novos trabalhadores para a sua messe. Com estes votos, de coração concedo a todos a minha Bênção Apostólica.

Vaticano, 15 de Novembro de 2010.

Hino da Jornada Mundial da Juventude, Madrid Espanha


Hino da Jornada Mundial da Juventude, Madrid Espanha


História da Jornada Mundial da Juventude.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011



Todos somos chamados por Deus ou seja todos somos vocacionados, porem a varias formas de responder esse chamado e uma delas e o Carmelo, se sinto o desejo de responder o chamado de Deus em minha vida fale conosco vale a pena!!!
O primeiro passo para a resposta desse chamado inicia-se com o Serviço de Animação Vocacional, quando uma equipe de Freis vai lhe acompanhar por um tempo para que você nos conheça melhor e nos possamos lhe conhecer.

Isso se da através de um acompanhamento personalizado por conversar, cartas e também por alguns encontros onde reunimos todos os jovens que desejam ser carmelitas para que também partilhem suas experiência e conheçam melhor os freis.

Sobre o primeiro ingresso do jovem numa Casa de Formação Carmelitana?
Para esse primeiro ingresso se tem duas formas: o seminário menor para os jovens que ainda estão cursando o ensino media 1º,2º e 3º ano e o postulantado para jovens que já concluíram o ensino médio.

E como é o seminário menor?

O seminário menor e um espaço de amadurecimento do chamado vocacional onde em uma comunidade com outros seminarista e frades o jovem continua seus estudos, e tem uma formação cristã e carmelitana, que se da através de formações, recreios e trabalho pastoral. É onde pode amadurecer a fé e conhecer mais do Carmelo e responder a Deus sobre sua vocação.

E como é o Postulando?

O postulantado e tempo onde se vive fortemente os valores centrais do Carmelo, a fraternidade que é o estar junto dos irmão compartilhando as alegrias em uma verdadeira família, a oração ponto central da vida carmelitana esta também no centro nesse período de postulandato onde se participa diariamente da missa, das orações comunitárias e Lectio Divina (leitura orante da palavra de Deus) e junto com isso se tem grande participação no trabalho pastoral junto as comunidades da paróquia e em trabalhos juntos aos mais pobres.  E um momento de compreensão de si mesmo e do carisma carmelitano para bem responder a Deus com a vocação que escolheu.

Salve Regina

Catequese do Papa Bento XVI sobre Santa Teresa de Jesus ( Carmelita) dia 02/02/2011




Caros irmãos e irmãs,

Depois do ciclo de catequeses que quis dedicar aos padres da Igreja e às grandes figuras de teólogos e mulheres da era medieval, eu quis concentrar-me, desta vez, sobre alguns santos e santas que foram proclamados doutores da Igreja por causa da elevada doutrina deles. Hoje, gostaria de iniciar uma breve série de encontros para completar a apresentação dos Doutores da Igreja. Começo com uma santa que representa um dos vértices da espiritualidade cristã de todos os tempos: Santa Teresa d'Ávila (de Jesus).
Ela nasceu em Ávila, na Espanha, em 1515, com o nome de Teresa de Ahumada. Na sua autobiografia, ela mesma menciona alguns particulares da sua infância: o nascimento e a educação por parte de pais virtuosos e tementes a Deus, no interior de uma família numerosa com nove irmãos e três irmas. Ainda criança, com menos de 9 anos leu a vida de alguns mártires que a inspiraram o desejo do martírio, tanto que chegou a improvisar uma breve fuga de casa para morrer mártir e subir ao céu (cf. Vida 1,4).

“Quero ver Deus”, disse a menina aos seus pais. Alguns anos depois, Tereza falará das suas leituras de infância e afirmará ter descoberto a verdade, que se resume em dois princípios fundamentais: de um lado “o fato que tudo aquilo que pertence ao mundo daqui, passa”; do outro, que somente Deus é para sempre, sempre, sempre, tema também presente na famosíssima poesia “Nada te perturbe, nada de amedronte, tudo passa, Deus não muda, a paciência alcança tudo. A quem tem Deus nada falta, só Deus basta". Teresa, que ficou órfã aos 12 anos, pede à Virgem Santíssima que seja a sua mãe (cf. Vida, 1,7).
Se na adolescência a leitura dos livros profanos a levaram às distrações de uma vida mundana, a experiência como aluna junto às irmãs agostinianas de Santa Maria das Graças de Ávila e a leitura dos livros espirituais, sobretudo aqueles clássicos da espiritualidade franciscana fez com que ela aprendesse a importância do recolhimento e da oração. Aos 20 anos, Teresa entra no mosteiro carmelitano da Encarnação, em Ávila . Na vida religiosa, ela assume o nome de Teresa de Jesus. Três anos depois, ela adoece gravemente ao ponto de ficar quatro dias em coma, aparentemente morta (cf. Vida 5,9). Também na luta contra as próprias doenças, a santa vê como um combate contra as fraquezas e resistências ao chamado de Deus: “Desejaria viver - escreve - porque entendia bem que não estava vivendo, mas esta lutando com uma sombra de morte e não havia ninguém que me desse vida, nem mesmo eu poderia alcança-lá, e aquele que poderia dar-me tinha razões para não me socorrer, haja visto que tantas vezes Ele me colocou diante dele e eu mesmo assim, o abandonei (Vida 8,2). Em 1543, Teresa perdeu alguns dos seus familiares: o pai morreu e todos os irmãos foram para a América. Na quaresma de 1554, aos 39 anos, Teresa chega ao cume da luta contra as próprias fraquezas. A descoberta por acaso de um Cristo muito chagado marcou profundamente a sua vida (cf. Vida 9). A santa que naquele período encontra profunda afinidade com o Santo Agostinho das “Confissões”, assim descreve a jornada decisiva da sua experiencia mística: “Acontece que, de repente me veio um sentido da presença de Deus, que em nenhum modo poderia duvidar que era dentro de mim ou que eu era toda consumida por Ele” (Vida 10, 1).
Paralelamente à maturidade da sua própria interioridade, a santa começa a desenvolver concretamente o ideal de reforma da ordem carmelitana: em 1562, funda em Ávila, com o apoio do bispo da cidade, Dom Álvaro de Mendonça, o primeiro carmelo reformado e pouco depois recebe também a aprovação dos superior geral da ordem, João Batista Rossi.
Nos anos posteriores, prosseguem as fundações de novos carmelos, que atingiu o total de dezessete. Fundamentalmente é o encontro com São João da cruz, com o qual, em 1568, constitui em Duruelo, vizinho a Ávila, o primeiro convento dos Carmelitanos descalços. Em 1580, obtém de Roma a fundação a Província autônoma para os seus carmelos reformados, ponto de partida da ordem religiosa dos carmelitas descalços. Teresa termina a sua vida terrena enquanto era empenhada nas atividades de fundação. Em 1582, de fato, depois de ter constituído o carmelo de Burgos e, enquanto estava cumprindo a viagem de retorno para Ávila, morreu na noite de 15 de outubro em Alba de Tormes, repetindo humildemente duas expressões: “No fim, morro como filha da Igreja e agora meu esposo, nos vejamos”. Uma existência consumada na Espanha, mas considerada pela Ireja inteira. Beatificada pelo Papa Paulo V em 1614 e canonizada em 1622 por Gregório XV é proclamada “Doutora da Igreja” pelo servo de Deus Paulo VI, em 1970.
Tereza de Jesus não tinha uma formação acadêmica, mas sempre viu como tesouros os ensinamentos dos teólogos, literários e mestres espirituais. Como escritora, sempre levou em consideração aquilo que vivia pessoalmente ou havia visto a partir da experiência dos outros (cf. Prologo de Caminho da perfeição). Teresa teve relacionamentos de amizade espiritual com muitos santos, em particular com São João da Cruz. Ao mesmo tempo, se alimentava com as leituras dos padres da Igreja, como São Jerônimo, São Gregório Magno e Santo Agostinho. Entre as suas maiores obras, se destaca a sua autobiografia intitulada Livro da Vida, que ela chamava de livro das misericórdias do Senhor, composto no carmelo de Ávila em 1565, que traz um percurso biográfico e espiritual no qual, afirma Teresa, foi submetida sua alma ao discernimento do “mestre dos espirituais”, São João de Ávila.

O objetivo é de evidenciar a presença e a ação de Deus misericordioso na sua vida. Por isto, a obra conduz frequentemente a um dialogo de oração com o Senhor. É uma leitura que fascina porque a santa não somente narra, mas revive a experiência profunda do seu relacionamento com Deus. Em 1566, Tereza escreve o Caminho da perfeição, por ela chamado Exortações e conselhos de Tereza às suas irmãs. Doze noviças do carmelo de São José, em Ávila, foram as destinatárias. A elas, Teresa propõe um intenso programa de vida contemplativa a serviço da Igreja, cujas bases estão nas virtudes evangélicas e na oração. Entre as passagens mais preciosas, o comentário do Pai Nosso, modelo de oração. A obra m´sstica mais famosa de Santa Tereza é o Castelo Interior, escrito em 1577, em plena maturidade. Se trata de uma releitura do próprio caminho de vida espiritual e ao mesmo tempo de uma codificação da vida cristã em direção a sua plenitude, a santidade, sob a ação do Espirito Santo. Teresa se refere a um castelo com sete quartos, como imagem do interior do homem, introduzindo ao mesmo tempo, o símbolo do bicho da seda que renasce como uma borboleta para exprimir o passagem do natural para o sobrenatural. A santa se inspira na Sagrada Escritura, em particular no Cântico dos Cânticos, por causa do simbolo final dos dois esposos que na sétima morada, representa o cume da vida cristã nos quatro aspectos: trinitário, cristológico, antropológico e eclesial. Em sua atividade de fundadora dos carmelos reformados, Tereza dedica o livro das fundações, escrito entre 1573 e 1582, no qual ela fala da vida do grupo religioso nascente. Como na autobiografia, a história quis evidenciar, sobretudo, a ação de Deus na obra de fundação de novos mosteiros.
Não é fácil resumir em poucas palavras a profunda e articulada espiritualidade teresiana. Gostaria de mencionar alguns pontos essenciais. Em primeiro lugar, Santa Tereza propõe as virtudes evangélicas como base de toda a vida cristã e humana. Em particular, a renúncia dos bens ou pobreza evangélica e isto está relacionado a todos nós; o amor uns pelos outros como elemento essencial da vida comunitária e social; a humildade como amor à verdade, a determinação, como fruto da audácia cristã e a esperança teologal, que ela descreve como sede de água viva. Porém, sem esquecer-se das virtudes humanas: afabilidade, veracidade, modéstia, cortesia, alegria, cultura. Em segundo lugar, Santa Tereza propõe uma profunda sintonia sobretudo com a esposa do Cântico dos cânticos e com o apóstolo Paulo, além disto, com o Cristo da paixão e com o Jesus Eucarístico.
A santa destaca o quanto é essencial a oração. Orar, diz ela, “significa encontrar-se com amizade, já que encontramos cara a cara aquele que sabemos que nos ama” (Vida 8, 5). A ideia de Santa Teresa coincide com a definição de São Tomás de Aquino sobre a caridade teologal, como “amicitia quaedam hominis ad Deum”, um tipo de amizade do homem com Deus, que antes de tudo ofertou sua amizade ao homem; a iniciativa vem de Deus (cf. Summa Theologiae II-II, 23,1). A oração é vida e se desenvolve gradualmente paralela ao crescimento da vida cristã: começa com a oração vocal, passa para a interiorização através da meditação e do recolhimento, até chegar a união do amor com Cristo e com a Santíssima Trindade. Obviamente, não se trata de um desenvolvimento no qual subir os degraus mais altos quer dizer deixar o modo de oração antigo, mas é sobretudo um aprofundar-se gradual do relacionamento com Deus que envolve toda a vida. Mais que uma pedagogia da oração, o modelo de Teresa é uma verdadeira 'mistagogia': ao leitor das suas obras ela ensina a orar orando ela mesmo com ele; e em alguns momentos, interrompe a narração e a exposição para iniciar uma oração.
Um outro tema caro para a santa é a centralidade da humanidade de Cristo. Para Teresa, de fato, a vida cristã é relação pessoal com Jesus, que culmina na união com Ele por graça, por amor e por imitação. Disto a importância que ela atribui a meditação da paixão e a Eucaristia, como presença de Cristo, na Igreja: ela manifesta um vivo “sensus ecclesiae” defronte aos episódios de divisão e conflito na Igreja do seu tempo. Reforma a ordem carmelita com a intenção de servir melhor e melhor defender a santa igreja católica romana e está disposta a dar a vida por ela (cf. Vida 33,5).
Um último aspecto essencial da doutrina teresiana que gostaria de destacar é a perfeição, como aspiração de toda a vida cristã e meta final da mesma. A santa tem uma ideia muito clara da plenitude de Cristo, revivida pelo cristianismo. No fim do percurso do Castelo interior, na ultima morada, Teresa descreve tal plenitude realizada na trindade, na união com Cristo através do mistério da sua humanidade.

Caros irmãos e irmãs, Santa Teresa de Jesus é a verdadeira mestre de vida cristã para os fiéis de todos os tempos. Na nossa sociedade tão carente de valores espirituais, Santa Teresa nos ensina realmente esta sede de Deus que existe na profundidade do nosso coração, este desejo de ver Deus, de procurar Deus, de ter diálogos com Ele e de sermos seus amigos. Esta é a amizade necessária para todos nós e devemos procura-lá dia após dia, de novo. O exemplo desta santa, profundamente contemplativa, e eficazmente operosa, nos leva a dedicar a cada dia um justo tempo de oração, a esta abertura em relação a Deus, a este caminho para procurar Deus, para vê-lo, para encontrar sua amizade e assim a verdadeira vida; porque realmente muitos de nós deviamos dizer: “nao vivo, não vivo realmente, porque não vivo a essência da minha vida”. Por isto, este tempo de oração não é um tempo perdido, é um tempo no qual se abre a estrada da vida para aprender com Deus um amor ardente por Ele, pela Igreja e uma caridade concreta para com nossos irmãos. Obrigado.

 

 

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Quem são os freis carmelitas do Comissariado do Paraná ???

Primeiro o que é o Comissariado do Paraná?

O Carmelo e organizado em províncias que são grupos de frades por determinadas regiões, uma dessas províncias a da Alemanha Superior, em 1936 envio como missionário para o Brasil frei Úrico Goevert , que depois em 1951 toma posse como pároco em Paranavaí e depois acompanhado de mais alguns frades alemães se cria o Comissariado do Paraná, isso em 1955 ou seja desde então temos um grupo de freis Carmelitas no Paraná.
Mas onde estão os freis?
Desde de 1951 os freis estão na Paróquia São Sebastião em Paranavaí, noroeste do Paraná, hoje esta paróquia é também Santuário do Carmo, e lá moram três frades que cuidam dos trabalhos da paróquia e do Colégio Paroquial (Nossa Senhora do Carmo)
Santuario do Carmo Paranavaí

Em Paranavaí temos ainda o Monteiro Flos Carmeli onde desde 1991 moram as monjas carmelitas e ali são presença recolhimento e oração verdadeira presença de Deus.

 
Ainda em Paranavaí no distrito de Graciosa temos o Convento Imaculada Conceição que foi criado em 1959 para ser seminário menor, hoje os três freis que moram em Graciosa são responsáveis pela Paróquia Nossa Senhora das Graças e também ajudam no trabalho da Associação Casas do Servo Sofredor no tratamento de dependentes químicos e de álcool.

Convento Imaculada Conceição
Paroquia Nossa Senhora das Graças - Graciosa
Em Curitiba temos desde 1967 o convento do Carmo na Vila Fanny onde moram os freis que responsáveis pela paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição e também os frades estudantes de Filosofia.

 

Também em Curitiba no Bairro Novo existem duas casas a comunidade Nossa Senhora do Carmo, onde junto dos freis  moram os Seminaristas menores e a casa de Postulantado Tito Brandsma r
 
Casa de Postulantado Tito Brandsma



Matriz das Comunidades da Paróquia Profeta Elias, Bairro Novo, Curitiba

Na cidade de Navegantes Santa Catarina os freis estão desde 2009 onde atendem na Paroquia São Domingos de Gusmão.


Paróquia São Domingos - Novenário de Nossa Senhora do Carmo, 2010.
E Rolim de Moura em Rondônia também estão o freis na paróquia Nossa Senhora Aparecida e no Trabalho missionário.



Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Rolim de Moura, Rondônia.
Assim nos diversos lugares onde se encontram os carmelitas seja no trabalho com as Paróquias ou em outra atividade querem se fazer presenças proféticas anunciadoras do Reino de Deus no meio do Povo.
Os carmelitas quem são???

Somos uma família composta de frades, monjas, irmãs e leigos presente na Igreja há mais de 800 anos. Nossa missão é sermos fraternidade ou seja ser irmãos, através da oração que nos une a Deus e sendo também uma presença profética a serviço do Reino de Deus.

E na Família Carmelitana quem são os Frades?

São homens que consagram suas vidas a Deus através de três votos pobreza, castidade e obediência e assim procurando seguir Cristo e segundo os conselho evangélicos. Esses frades, ou freis, podem servir ao povo de Deus como Padres, fazendo aquilo que é próprio do ministério sacerdotal, ou sendo irmãos que vivem igualmente os votos mas tendo como trabalho apostólico uma outra atividade.




E as monjas quem são?

As monjas carmelitas são mulheres que compartilham do mesmo carisma do Carmelo. Também fazem três votos pobreza, castidade e obediência, mas ao contrário dos frades sua missão não é externa e sim na clausura do mosteiro onde se dedicam a fraternidade, e a oração pela Igreja, visto que o ideal de uma monja carmelita e este viver em exclusividade absoluta para Deus em uma relação de esposa e esposo.



E os leigos?

São católicos solteiros é casados que se sentem chamados a partilhar do carisma do Carmelo. Para isso se reúnem em grupos onde se torna possível essa partilha da espiritualidade e como podem viver esse ideal dia a dia em suas famílias, trabalhos e em tudo que fazem.

E como nasceram os carmelitas?

Na Terra Santa há mais de 800 anos um grupo de homens vindo da Europa como peregrinos, penitentes ou para lutar nas cruzadas se reuniram em torno da fonte do Profeta Elias. Ali iniciaram um modo novo de vida em fraternidade e oração. No Carmelo um lugar ideal para contemplação se encontravam também na companhia de Maria a Senhora do Lugar . Em 1207 os carmelitas pedem a para Santo Aberto bispo de Jerusalém escrever a Regra do Carmo, formula de vida segundo o que os carmelitas viviam no monte Carmelo, depois foi confirmada pelo papa Inocêncio IV.
Em 1238 devido uma invasão dos muçulmanos os carmelitas são obrigados a deixar o Carmelo e migrar para a Europa, ali fundam os primeiros conventos em Chipre e na Inglaterra e depois se espalham por toda a Europa. Mais tarde expandiram-se por todo o mundo pregando evangelho e incentivando a devoção a Maria Senhora do Carmo.

 

Hoje o que fazem os carmelitas?

Presentes nos 5 continentes hoje os carmelitas tem diversos trabalhos seja em paróquias, colégios, centros de espiritualidade e estudos bíblicos e no trabalho social e caritativo.
Porém os carmelitas sejam frades, monjas ou leigos cada um  por sua presença fraterna, orante e profética  faz de sua vida uma atividade carmelita onde esta.
Quais os pontos principais da vida carmelitana?

A fraternidade: é um forma de cumprimento do primeiro mandamento “amar a Deus e ao próximo” ser fraterno para um carmelita nada mais e que esse desprender de amor pelos irmãos, e isso se torna possível graças a um processo nascido da escuta de Deus na palavra e na eucaristia e de uma profunda devoção a Mãe do Senhor.



A oração: todo homem tem necessidade de relacionar-se com Deus, esse relacionamento é oração, que no Carmelo e explicada por Santa Teresa como sendo "tratar de amor com quem sabemos que nos ama". E os carmelitas são desafiados a isso a “meditar dia e noite na lei do Senhor” e estar em contato continuo com Ele.



O profetismo: é a escuta e anuncio da Palavra, oração assídua, luta pela justiça, comunhão de bens, reconciliação fraterna, serviço as pobres, solidariedade para com todos os homens e esperança operante.